Transformando lideranças por meio da Cultura Organizacional Ir para o conteúdo principal

O que pode resolver a solidão empreendedora?

O empreender já carrega no verbo uma série de desafios, e com eles vem uma das principais dores – tão comum aos que assumem a liderança de suas empresas: a solidão.

Como diminuí-la e de que maneira a Cultura Organizacional pode colaborar para um cenário transformador, em que as tomadas de decisão já não são solitárias – pois se beneficiam do apoio da equipe -, é o que iremos responder neste artigo.

Em formato de um gostoso bate-papo, nós convidamos Luana Pace, fundadora do Instituto Mudita e empreendedora há mais de 25 anos, para falar sobre o tema e também sobre o seu trabalho.

Confira a seguir:

Qual foi a sua trajetória até a criação do Instituto Mudita e como se deu esse processo?

Eu estou há oito anos à frente do Instituto Mudita, que nasceu de uma dor minha como empreendedora, mas de forma muito orgânica. Não teve um único momento “AHA!”, que todo mundo fala. Foram vários momentos assim, como também de vários momentos de dor, sacrifício e dificuldade.

Eu sou empreendedora há mais de 25 anos, então nessa minha história de empreender negócios de família e outros que eu comecei sozinha, percebi que existia uma dor muito grande, a solidão. E quando eu falo de solidão, não é apenas a do empreendedor, mas também das lideranças, porque existe uma cobrança em cima dos empreendedores e líderes de tomarem decisões o tempo todo.

Decisões rápidas, efetivas, que resolvam e, muitas vezes, você se sente só para tomá-las. Pois as pessoas dentro da empresa podem não estar alinhadas, conectadas com você, acreditando no que você acredita e com o mesmo propósito. Por isso é tão desafiador contar com as pessoas para te apoiar em todas as situações do negócio, ao mesmo tempo que é tão natural esse lugar da solidão.

A partir do momento que o Instituto Mudita nasce, ele já começa a trabalhar com Cultura Organizacional nas empresas?

Como o Instituto nasceu de uma dor, então o primeiro passo foi se conectar com o empreendedor para entender a dor dele. Nós tínhamos clareza sobre o que era gestão de mudanças, o que era Cultura Organizacional e o resultado que ela gerava, mas o Instituto nasceu olhando, principalmente, para os problemas dos empreendedores, entendendo o que eles precisavam naquele momento.

O objetivo era diminuir a solidão deles, para depois focar na solução. E nesse primeiro momento de escuta, ficou claro que tudo precisava começar na figura do empreendedor como indivíduo.

“Não existe negócio sem o indivíduo, então é preciso olhar o indivíduo antes de olhar o negócio”.

Começamos, assim, a trabalhar com o propósito e a visão de futuro desse empreendedor, aonde ele queria chegar, o que fazia sentido para ele, quais eram os seus valores, suas barreiras internas, os desafios entre os sócios, processo de sucessão etc. A partir disso, compreendemos que o autoconhecimento e a clareza da visão de futuro do empreendedor deveriam ser os primeiros passos a serem trabalhados, porque é daí que temos a clareza necessária para construir uma Identidade Cultural e trazer a direção correta para todos da organização, diminuindo a solidão empreendedora.

Conforme fomos mergulhando nas dores e desafios dos empreendedores e dos negócios, fomos entendendo cada vez mais como a Cultura estava no centro da solução de grande parte das dores apresentadas .

Portanto, quando iniciamos o Instituto Mudita, fomos no caminho de reestabelecer a Cultura da empresa. Assim, ouvindo as demandas dos empreendedores, dos nossos clientes, passamos a entender as outras áreas do negócio.

E o que vocês notaram com tudo isso?

Que as dores trazidas pelos empreendedores nas áreas de processos, financeiras, qualidade, queda nas vendas, dificuldade de crescimento, perda de talentos, no final tudo girava em torno da necessidade da mudança de comportamentos, da mudança de mindset, da clareza de direcionamento para a equipe, da necessidade de todos caminhando em um único sentido, do fortalecimento das relações, do trabalho em equipe, da força do time etc.

Tudo se resumia a uma mudança Cultural, a uma transformação que se inicia no empreendedor para, a partir dele, ir se ampliando para as lideranças e para a organização como um todo.

A cultura é a base para que todas as outras áreas de fato se desenvolvam dentro da organização da forma que o empreendedor e o negócio precisam.

Muito bom! Então com essa clareza, qual foi a mudança dentro do Instituto?

Foi a partir desse processo que nós chegamos ao trabalho que desenvolvemos hoje. Nós analisamos o negócio do cliente e criamos uma jornada que atenda às necessidades específicas da empresa, utilizando a nossa metodologia própria que aborda cinco pilares, sendo a Cultura Organizacional o pilar central que abarca os outros quatro: Propósito e Visão de Futuro; Lideranças Humanizadas e Estratégicas; Desenvolvimento Humano e Organizacional; Gestão e Performance.

“Um método que se alinha à dinâmica de vida de empreendedores, líderes e organizações, com diálogos profundos e trocas de experiências que favorecem um ambiente propício para gerar transformações e alcançar resultados”.

A empresa vivencia nossas soluções de uma forma única, respeitando o momento atual do negócio e os objetivos a serem alcançados.

Existe um processo de criação da Cultura Organizacional nas empresas?

Toda empresa nasce com uma Cultura Organizacional, mas isso passa despercebido, pois a prioridade dos empreendedores no início é outra. Muitas vezes, o negócio nasce de uma oportunidade, como é o caso das startups. Mas a maioria das empresas nasce por uma necessidade. O empreendedor começa a trabalhar e o negócio vai dando certo, vai crescendo e vai se formando, até chegar em um nível de maturidade que ele precisa de uma profissionalização e estruturação.

Só que quando o negócio nasce, independentemente de como ele nasce, já tem uma Cultura própria, que é muito o empreendedor. Quando a empresa é pequena e o empreendedor está presente em tudo, é fácil manter essa Cultura viva, porque ele é o exemplo dela o tempo todo.

Conforme a empresa vai crescendo, as pessoas (sócios, líderes e colaboradores) que vão chegando começam a influenciar esse ecossistema, e a Cultura passa a existir de maneira própria. A partir daí, o dono não basta mais para ser essa representação viva da Cultura o tempo todo dentro da organização. Não é possível que ele esteja presente em todos os lugares da empresa e presente em todos os processos.

Além disso, ao trazer novos líderes para compor o processo de crescimento da organização, muitos deles já têm uma bagagem Cultural proveniente de outras empresas. Eles chegam para trabalhar na organização trazendo uma Cultura com eles. O que faz com que o empreendedor comece a ficar limitado. O quanto ele consegue transmitir essa Cultura e manter ela viva? E o jeito de ser da empresa passa a ficar confuso e fragilizado, não havendo uma clareza da identidade cultural para todos da organização.

Uma identidade cultural confusa e frágil impede a empresa de se destacar no mercado e de atrair mão-de-obra que possui o Fit Cultural, porque ao não se ter uma Cultura clara, as pessoas passam a ter uma afinidade maior com aquele líder e não com a organização.

“Então, por mais que o empreendedor carregue essa Cultura com ele, a grande questão é como ele dissemina e faz chegar até a ponta, até todos os colaboradores. Um dos grandes desafios das empresas está na transmissão e disseminação da Cultura, exatamente para garantir que o discurso e a prática estejam alinhados”.

Aqui está um dos nossos grandes diferenciais: no Instituto Mudita atuamos como parceiro estratégico de todos os nossos clientes apoiando no processo desde a construção da Cultura até todo o processo de disseminação, fortalecimento e sustentação da Cultura a longo prazo. Entendemos que não basta você ter uma identidade cultural forte e bem construída, o desafio está em colocá-la de fato na prática, no dia a dia, ou seja, que as ações de todos os colaboradores aconteçam e estejam alinhadas com o que o empreendedor acredita e com o que a empresa espera.

Dessa forma, a organização vai entregar a melhor experiência para o cliente e alcançar os resultados e objetivos esperados.

E como a Cultura diminui a solidão de empreendedores e líderes?
Tudo isso que eu acabei de trazer diminui a solidão, tanto o Instituto Mudita sendo parceiro estratégico deles e apoiando no processo de tomada de decisão, quanto através da Cultura fortalecida e disseminada, construindo uma legião de colaboradores conectados com o propósito maior do negócio, que trabalham alinhados com os valores da empresa e que apoiam o empreendedor e as lideranças todos os dias a tomarem decisões alinhadas com esta Cultura.

Como o Instituto Mudita trabalha para que essa Cultura traga resultados?

Para responder estas e outras perguntas, nós trouxemos no próximo artigo a continuação deste agradável bate-papo com a fundadora do Instituto Mudita, Luana Pace. Para continuar a leitura, clique aqui.

Enquanto isso, se quiser conhecer mais o Instituto Mudita, agende uma conversa com um dos nossos especialistas, através do nosso WhatsApp será um prazer apoiar você e a sua empresa.

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