Supere a sobrecarga de trabalho e promova uma cultura de descentralização - Instituto Mudita Ir para o conteúdo principal

Você se sente sobrecarregado, preso em um ciclo infinito de tarefas e decisões? Já parou para pensar que isto se deva à sua centralização? Ela pode estar sufocando a sua liderança e limitando o potencial da sua empresa. É hora de quebrar esse ciclo vicioso! Você não acha?

Neste artigo, exploraremos como a delegação estratégica pode ser a chave para desbloquear o potencial da sua empresa e promover um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, libertando você para focar no que realmente importa.

Líder sobrecarregada no trabalho

No início de qualquer negócio, o empreendedor é o coração e o cérebro da operação. Ele conhece cada detalhe, toma todas as decisões e se envolve em todas as tarefas. Entretanto, à medida que a empresa cresce, as funções se multiplicam, e o que antes era controle se transforma em uma avalanche de demandas. 

O fardo da sobrecarga de trabalho se instala quando as decisões e tarefas ficam centralizadas no empreendedor ou em um grupo restrito de líderes de confiança. Essa concentração de responsabilidades tem efeitos prejudiciais no negócio, formando um padrão inquietante que restringe o seu potencial de crescimento, compromete a eficiência geral e bloqueia o desenvolvimento da equipe.

O cenário é de uma empresa engessada, com colaboradores que dependem da validação constante dos superiores para avançar, limitando sua visão sobre o trabalho e a compreensão do impacto de suas atividades no contexto geral. 

Além dos impactos na empresa, a sobrecarga de trabalho afeta diretamente a vida pessoal dos empreendedores e líderes. Sinais de estafa mental e física tornam-se evidentes, juntamente ao aumento de doenças como a Síndrome de Burnout, depressão e afastamentos. 

Um estudo acadêmico realizado pelo SINGEP (Simpósio Internacional de Gestão, Projetos, Inovação e Sustentabilidade) revelou que a sobrecarga de trabalho é a principal queixa de 63% dos empreendedores.

Para entender plenamente este cenário, é fundamental reconhecer as suas causas, e uma das principais é o microgerenciamento, que se alimenta da incapacidade de delegar responsabilidades de forma eficaz.

Microgerenciamento: o inimigo da descentralização

Quando o empreendedor ou líder centraliza todas as decisões, por menores que sejam, eles ficam imersos em tarefas operacionais, sacrificando a visão estratégica primordial para o futuro da empresa. 

É o que chamamos de microgerenciamento, geralmente motivada por insegurança, falta de confiança na equipe, perfeccionismo ou medo de perder o controle. 

Existem inúmeras implicações negativas para as empresas quando a gestão se sustenta na base do microgerenciamento, dentre elas:

  • Visão estratégica comprometida: como já mencionado, a imersão nas tarefas operacionais impede que o empreendedor ou líder enxergue novas oportunidades e pense a longo prazo.
  • Queda na produtividade: a necessidade de aprovação para cada decisão pode atrasar o trabalho e prejudicar a produtividade da equipe, tornando lenta as tomadas de decisões.
  • Desmotivação da equipe: a falta de autonomia gera frustração e desengajamento nos colaboradores, comprometendo o clima organizacional. Além disso, sem espaço para tomar decisões e aprender com os próprios erros, o desenvolvimento dos colaboradores fica limitado dentro da empresa.
  • Dificuldade em atrair e manter talentos: colaboradores talentosos podem buscar oportunidades em empresas que ofereçam mais autonomia, confiança e oportunidades de crescimento.
  • Vulnerabilidade: a dependência de um pequeno grupo de pessoas cria um risco para a empresa, caso essas pessoas saiam ou se tornem indisponíveis.
  • Cultura da dependência: a centralização cria uma cultura de dependência ao empreendedor ou líder, limitando o desenvolvimento de outros talentos e a capacidade da empresa de se adaptar às mudanças.

Delegação: a engrenagem para o crescimento

A chave para mitigar a sobrecarga de trabalho de empreendedores e líderes é a descentralização de funções dentro da organização.

Quando a descentralização é bem implementada, os resultados são claros e positivos. A empresa se torna mais ágil, capaz de tomar decisões rápidas e estratégicas. 

Com a validação da confiança, os colaboradores sentem que têm o apoio de seus líderes e passam a ser mais propensos a assumir responsabilidades e a contribuir de maneira significativa para o sucesso. 

A descentralização também promove a inovação. Quando a equipe tem espaço para experimentar e tomar decisões, novas ideias surgem e a empresa se adapta melhor às mudanças do mercado. O ambiente de trabalho se torna mais colaborativo, e a cultura de confiança e empoderamento se fortalece.

De acordo com um relatório da OECD (Organisation for Economic Co-operation and Development), organização que engloba 38 países, a descentralização melhora a capacidade de resposta das empresas e promove um ambiente mais inovador e ágil, com 65% das empresas descentralizadas relatando um aumento na eficiência geral.

Outro estudo publicado pela Springer envolvendo entrevistas e documentos de 68 multinacionais, revela que nas empresas onde as decisões são descentralizadas, há uma melhoria de até 20% na satisfação dos funcionários e uma redução de 30% nos atrasos de projetos, já que as decisões são tomadas mais rapidamente.

Como delegar de maneira eficiente

Implementar a descentralização em uma organização requer diferentes etapas e o primeiro passo é o autoconhecimento, identificando os gatilhos que levam à centralização. 

Ao listar todas as tarefas e delegar aquelas que podem ser realizadas por outras pessoas, os empreendedores e líderes liberam tempo e energia para se concentrarem no que realmente importa para o crescimento da organização.

“O desafio maior nessa etapa é a mudança de comportamento. É aceitar que outras pessoas podem realizar as tarefas de maneiras diferentes, mas alcançando os mesmos resultados ou até melhores”, explica Luana Pace, fundadora do Instituto Mudita.

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Para a descentralização acontecer, é importante entender que delegar é mais do que distribuir tarefas, é confiar na capacidade de sua equipe também para tomar decisões importantes. 

Para implementar uma cultura de delegação eficaz é imprescindível investir no desenvolvimento de lideranças de alta performance. Esse processo pode ser conduzido por meio de mentorias focadas em fortalecer a capacidade estratégica dos líderes, preparando-os para delegar com segurança e empoderar suas equipes.

Segundo Luana, isso permite que a descentralização se torne uma prática contínua e benéfica para toda a organização. O Instituto Mudita instrui em seus programas não só as lideranças a desenvolverem esse processo de delegação, como também a identificarem os novos talentos que podem complementar às suas funções e que, de fato, os apoiarão nesse trajeto.

E tudo no seu tempo, a delegação é iniciada com as tarefas mais simples até chegar nas mais complexas. Sabendo também que detalhar cada tarefa é um passo importante, assim todos terão certeza de que o responsável por ela saberá o que precisa ser feito.

O papel da cultura organizacional na delegação

A cultura organizacional desempenha um papel fundamental nesse processo. Em muitas empresas, a centralização de decisões está profundamente enraizada na cultura. Isso pode ocorrer mesmo em empresas que já possuem uma estrutura sólida e recursos financeiros para expandir as suas equipes. 

Portanto é importante identificar se a centralização é uma questão cultural ou um ponto de desenvolvimento específico de uma liderança. No primeiro caso o desafio se torna maior, pois é necessário trabalhar uma mudança cultural como um todo, para que, de fato a descentralização, a autonomia e a inovação façam parte do dia a dia da empresa. 

“Quando nos deparamos com uma cultura centralizadora, e o desejo de mudanças por parte dos sócios e da gestão estratégica, iniciamos o trabalho através de dois caminhos paralelos e extremamente importantes: em um deles, mapeando a Cultura Atual da empresa através de entrevistas com os colaboradores para entender quais estão sendo os impactos práticos desta cultura. E realizando uma revisão na Identidade Cultural da empresa para avaliar o quanto ela favorece ou não a existência da centralização”, afirma Luana.

Após esta análise profunda e as conclusões/caminhos de solução, é necessário um trabalho com as lideranças, através do autoconhecimento, para gerar mudanças de comportamentos e quebras de crenças, gatilhos e paradigmas que impedem de elas migrarem para uma liderança mais colaborativa, inclusiva, que fortaleça a equipe e estimule o protagonismo.

Outro ponto em que a Cultura desempenha um fator fundamental na descentralização é que só é possível realizar uma boa delegação de atividades e de tomada de decisões com uma cultura forte, clara e bem disseminada. Isso porque a cultura tem um papel muito relevante neste processo que é ser a orientadora, direcionadora, justamente a guia das tomadas de decisões. 

Portanto, quando o colaborador, nas suas atividades, precisa tomar uma decisão sozinho, sem o apoio do seu líder direto, ele tem o Código de Cultura para apoiá-lo dentro do escopo aprovado pelos sócios, CEO ou gestores estratégicos do negócio. 

Podemos dizer que delegar a tomada de decisão para a equipe, sem ter uma cultura clara e direcionadora, é a mesma coisa que colocar uma venda nos olhos de uma pessoa em uma quadra de esportes e pedir que ela consiga acertar a bola na cesta, ela pode até conseguir, mas será por pura sorte.

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equipe de trabalho

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Como garantir o sucesso no processo de descentralização

Alguns passos são primordiais para que as chances da cultura de descentralização ser bem implementada na organização aumentem.

O primeiro é garantir que os gestores estratégicos do negócio estejam envolvidos com a causa e acreditem nesta transformação cultural. 

O segundo é compreender, através de conversas profundas com as lideranças, utilizando a escuta ativa e empática, para identificar quais delas terão maiores desafios para conseguir realizar na prática a mudança para uma liderança mais colaborativa e consciente. 

O terceiro passo é mapear os pontos de maior desafio de todas as lideranças e desenvolver treinamentos específicos para trabalhar comportamentos necessários para apoiar o processo de delegação. 

O quarto é iniciar o processo de delegação que envolve diversas etapas como: entendimento das atividades de alto impacto para a função; identificação das atividades a serem delegadas; definição dos possíveis talentos para executar as atividades; alinhamentos com os talentos para compreender sua receptividade para assumir as novas atividades; treinamento e capacitação das atividades; acompanhamento, feedbacks etc. 

A verdade é que delegar não é simples, e precisa ser muito bem feito para ser uma solução e não se tornar um desafio ainda maior para a empresa, principalmente quando estamos falando de uma mudança cultural. 

Um dos maiores desafios que empreendedores e líderes enfrentam nesse processo é a resistência, que pode surgir tanto por parte de quem conduz a empresa quanto daqueles que estão assumindo as novas funções.

É crucial questionar o quanto o indivíduo está aberto à mudança e se ele está recebendo a devida atenção durante essa transformação. Porque não basta delegar sem saber se o outro está preparado e disposto a assumir a nova responsabilidade. Esse alinhamento prévio é fundamental. A escuta ativa e empática deve ser parte central desse processo para compreender como cada indivíduo está lidando com a mudança.

Gestão saudável e sustentável

Como vimos, a sobrecarga de trabalho compromete o sucesso de qualquer empresa, mas pode ser superada com a implementação de estratégias de descentralização. Ao adotar uma abordagem que valoriza a confiança, o desenvolvimento de talentos e a autonomia, os líderes podem transformar esses desafios em oportunidades para impulsionar o negócio.

Por meio das nossas soluções que envolvem programas de consultorias, workshops, jornadas, mentorias, o Instituto Mudita apoia a transformação cultural necessária para promover uma gestão humanizada, estratégica e de alta performance, que valoriza a descentralização, a autonomia, a inovação e o protagonismo da equipe.

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Lembre-se: o sucesso sustentável não se constrói sozinho. É preciso cultivar uma cultura de confiança, empoderar sua equipe e construir um ambiente onde todos possam contribuir com seu máximo potencial.

Que tal começar dando o seu primeiro passo respondendo ao Diagnóstico de Maturidade Cultural? É um breve questionário no qual você poderá avaliar como está a cultura da sua empresa e como pode começar transformá-la para potencializar seus resultados a caminho do sucesso.

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